terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Aprendemos que salvar o planeta é mais difícil do que se imaginava


A década de 1980 foi a do susto. A década de 1990 foi a da reacção. A década que agora termina é a do desengano. Aprendemos, em dez anos, que não é nada fácil salvar o planeta das suas maiores ameaças.
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Os fracassos mais evidentes da década revelam os seus próprios porquês. Vencer o desafio das alterações climáticas e da biodiversidade - dois problemas com vastas implicações sobre o planeta - implica mudar o paradigma da sociedade. É preciso usar outras fontes de energia, rever a forma como se utiliza o solo, mexer profundamente na economia, consumir menos e melhor.

Os dados não são animadores. Seria preciso um planeta e meio para assegurar a continuidade do nível actual de consumo de recursos no mundo, segundo o índice da "pegada ecológica", da Global Footprint Network. O saldo negativo entre as necessidades e as disponibilidades tem vindo a aumentar de ano para ano. Para o futuro, os cenários não ajudam. A Agência Internacional de Energia prevê, por exemplo, que os combustíveis fósseis vão reinar soberanos pelo menos até 2030.

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